Karina Kuschnir

desenhos, textos, coisas


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Nos vemos semana que vem!

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A irmã de uma amiga é terapeuta, daquele tipo que interrompe a sessão no meio de uma conversa. Fiquei super curiosa para saber como é. Minha amiga, muito despachada, começou logo a simular uma análise comigo e com o meu namorado. “Como vão vocês?”, ela perguntou. E nós, blá blá blá… até que trocamos, sem querer, o nome de uma pessoa bem próxima sobre a qual estávamos falando. E ela, muito séria: “Então… [pausa], vamos falar sobre isso? [pausa] Nos vemos na semana que vem.”

E assim seguimos, tendo várias mini conversas terapêuticas, encerradas toda vez que esbarrávamos num deslize sobre um assunto importante. Ela nos interrompia rapidamente com um olhar penetrante e um “Nos vemos na semana que vem!”

Só de lembrar, morro de rir. Imagina você começar a falar sobre seus pais com sua irmã, que se esquece que não está no consultório e te corta com um “nos vemos na semana que vem.”

Claro que isso não é crítica a nenhum tipo de terapia. Foi só uma brincadeira (que explica as frases do desenho acima). Na mesa, vocês também podem ver o livro “Flupp Pensa – Narrativas 2016”, presentinho dessa amiga querida, que estou super curiosa para ler.

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Os desenhos acima fiz enquanto escutava o podcast da ilustradora @frannerd, para quem contribuo, via Patreon, com 5 dólares por mês. É uma diversão ouvir as aventuras dessa chilena, de 30 anos, radicada com o marido na cidade de Hastings, Inglaterra. Acompanho como se fosse uma série sobre desenho.

Tenho muita dificuldade de achar graça nas séries que vejo recomendadas por aí. Primeiro, porque não suporto a glamourização da violência (o que já exclui 50% das séries). Segundo porque, depois de anos dando aula de teoria da comunicação, adivinho a maioria dos roteiros nas primeiras cenas. Então, não sobra muita coisa.

Na imagem, incluí também os meus gatos, Charlie e Lola, assim como o livro gigante que consegui terminar no final de novembro. Não posso escrever sobre ele aqui no blog ainda, infelizmente!

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Essas plantinhas acima desenhei em Itaipava, para onde tive a felicidade de ir no final de semana passado, com Alice, Antônio, minha mãe e mais quatro amigas da Alice. Foi uma comemoração antecipada do aniversário de 12 anos dela, minha filhotinha crescida. Não  conto mais tantas histórias da Alice aqui no blog para proteger a intimidade dela… Mas nosso dia-a-dia tem sido muito feliz: nesse último ano, ela cresceu por dentro e por fora. Está tocando violão lindamente, cozinhando muito bem, escrevendo redações engraçadas e criativas, e continua querendo brincar de cosquinha e pique-esconde. Viva os 12!

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Para encerrar, o desenho de um objeto que eu já tinha quase esquecido que existia aqui em casa: uma caixinha de linhas coloridas. Ressurgiu de dentro da caixa de costura outro dia a pedido de uma amiga do Antônio. É muito bonito ver as novas gerações recuperando práticas manuais. ♥

Bom final de semana, pessoal!

PS para quem está escrevendo tese — Foi bem difícil escrever esse post — e olha que não era sobre nenhum assunto importante! Achei que não conseguiria, estava morrendo de preguiça só de pensar. Por isso, queria dizer: comecem, escrevam mesmo que não estejam com vontade de escrever. Vocês não estão sozinhos. Força aí. Prometo que na semana que vem eu volto com a segunda parte do post Você vai deixar de me amar se eu não acabar a tese?.

Sobre os desenhos: Desenhos feitos num caderninho Laloran com uma capa azul escura, com borda de tecido em padronagem que lembra azulejos portugueses azuis e amarelos. Assim, resolvi utilizar apenas essas cores nos desenhos internos. As canetas utilizadas estão na imagem que abre esse post.