“Quando não souberes pra onde ir, olha para trás e saiba pelo menos de onde vens.” (Provérbio africano, citado em Um defeito de cor)
Oi! Tem alguém aí? Passando para dizer que estou com saudades e trago o calendário do mês de janeiro, com o PDF em alta resolução para imprimir! Queria ter feito o ano todo de 2022, mas o meu possível foi um mêszinho só.
Como vocês estão? Espero que bem, vacinados e acolhidos entre pessoas queridas e por si mesmos.
Passei 2021 como a maioria: numa Montanha russa emocional. Atravessei ondas internas e externas difíceis. Precisei aceitar a vontade de ficar quietinha. Trabalhei, cuidei de mim, curti meus amores, me refugiei nos livros, desenhei (pouco) e escrevi (bastante) em papéis de verdade.
Agora veio o desejo de voltar pro blog, grata pela montanha de coisas boas que esse espaço virtual me trouxe, em especial, vocês, leitores tão gentis.
Para 2022, meus votos são por saúde, alegria e simplicidade; que possamos respeitar e considerar as emoções uns dos outros, acolhendo tristezas e dores, promovendo estimas e afetos. Tudo passa. Os tempos difíceis vão passar também.
Sei que temos motivos de sobra para chorar e ter medo, mas gostaria de um 2022 que nos desse permissão para cantar, dançar e sorrir. Por isso adotei um lema que achei no Google (sem autoria): “Life is hard. Choose joy anyway.” (Algo como: “A vida é dura. Escolha alegria mesmo assim.”)
Meu lado Addams olha com certo nojinho para esse conselho tipo “seja feliz”. Como assim, tanta desgraça acontecendo, não dá! Só que dá sim, tem que dar. Há crianças nascendo, livros sendo publicados, médicas se formando, negros protagonizando séries de amor, pessoas recebendo alta, organizações plantando árvores e salvando bichos, pesquisadores descobrindo remédios contra Covid, chilenos votando, jovens se apaixonando. E tem a 5ª temporada de The Office.
Desespero tem limite: bora acreditar. Sei que virada de “ano novo” é apenas um dia normal em que o sol dá uma volta ao redor da terra. Mas pesquisas comprovam que datas rituais nos ajudam a mudar, de verdade.
Façamos planos, sem culpa. Quais são os de vocês?
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Coisas:
♥ O provérbio citado na abertura do livro “Um defeito de cor”, de Ana Maria Gonçalves (Record). Leitura maravilhosa de 2021. Espero trazer para cá num futuro post.
♥ Ouvi sobre como as datas especiais no calendário (festas, aniversários, estações, signos, feriados etc.) são boas para aumentar nossa capacidade de mudança em entrevistas com a Katy Milkman, autora do livro How to Change, no Intagram (Igtv do @peopleiveloved) e en vários podcasts (só procurar o nome dela). A autora é uma simpatia.
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Sobre o desenho: Aquarela feita em papel Canson Montval (cortei uma folha grande em 14 pedaços A4, me preparando para o ano todo, só que não deu tempo). Molhei o papel e fiz manchas nos tons de amarelo e laranja, pincelando com toques de outras cores. Depois desenhei com lapiseira fina (e grafite HB) as coisinhas de praia: conchas em vários formatos (viva o Pinterest), mas também pequenos objetos que às vezes esquecemos na areia. A ideia era fazer tudo à mão, mas depois que exagerei nos detalhes, acabei finalizando no app Procreate do Ipad. Mantive duas camadas da aquarela sobrepostas e apaguei uma delas com a caneta eletrônica. Para a grade do calendário, consegui adaptar das que fiz para 2021 no Photoshop. Boa passagem de ano, pessoal! ☼
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Como citar: Kuschnir, Karina. 2021. “Janeiro/2022 – Planos sem culpa”, Publicado em karinakuschnir.wordpress.com, url: https://wp.me/p42zgF-3T2. Acesso em [dd/mm/aaaa].