Karina Kuschnir

desenhos, textos, coisas


A antropologia como uma forma de olhar o mundo – minha entrevista a Diana Mello para a revista Kula

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Antropologia, inovação, trajetória acadêmica, desenho, saúde mental — esses foram alguns dos temas que falei em uma entrevista a Diana Mello para a revista Kula: Antropología y Ciencias Sociales. A Diana é uma ex-aluna querida (criativa, talentosa e sensível!), que esteve na primeira turma do curso de Antropologia e Desenho no IFCS, em 2013. De lá pra cá, criei esse blog e ela já está no doutorado na Argentina, sua terra natal.

Seguem alguns trechos da conversa para vocês (créditos e link para a publicação completa no final).

Sobre como podemos continuar gostando de antropologia, apesar de…:

KK — “…quando nos debruçamos sobre a vontade de conhecer as pessoas, [descobrimos] que muitas vezes elas são mais parecidas conosco do que a gente imaginava e, portanto, não são bem “outros”, são “interlocutores”. (…) Com todas as ressalvas, acho que sobrevive na antropologia um projeto de produção de conhecimento entre pessoas, e esse projeto continua sendo válido para mim. É isso que me faz continuar acreditando, sem negar que em toda área científica existem relações de poder que precisam ser reveladas e compreendidas.”

Sobre ser jornalista e virar antropóloga na primeira pesquisa de campo na Câmara Municipal do RJ:

KK — “…uma casa legislativa é um espaço extremamente restrito e o meu crachá [de jornalista] abriu portas. O difícil era dizer para as pessoas: ‘Olha, quero conversar com você, mas isso não vai sair em nenhum jornal’. Aí os vereadores respondiam que não tinham tempo para conversar comigo. Isso foi muito revelador. Hoje, entendo melhor que quem somos provoca uma série de situações no campo que são indissociáveis do conhecimento que produzimos.”

Comentei com a Diana como fui acolhida pelo professor Gilberto Velho no Museu Nacional, apesar da precariedade da minha formação. Além dele, devo demais a professores como Moacir Palmeira, Luiz Fernando Dias Duarte e Lygia Sigaud. Eu diria que todos, assim como a Maria Claudia Coelho (minha professora na graduação), me ensinaram que a antropologia é uma área conectada com a história, a sociologia, a política, a literatura, a arte etc. Essa perspectiva foi fundamental para que eu pudesse fazer a virada para o desenho:

KK — “Em 2011, fui a Portugal a trabalho e lá participei de um evento de desenho urbano, o segundo encontro internacional do grupo Urban Sketchers. Assisti a uma série de palestras, de pessoas que não eram cientistas sociais, mas que me abriram para a ideia de que o desenho poderia ser uma porta para conhecer o mundo, que podia ser uma ferramenta de renovação da antropologia pelo grafismo. Voltei dessa viagem e, apesar de já ter um projeto de pesquisa pronto sobre arquivos políticos, resolvi escrever um projeto novo sobre “antropologia e desenho”. O projeto foi aprovado e elogiado pelo CNPq. Conforme fui amadurecendo, tive a ideia de criar uma disciplina na graduação voltada para o tema. Comecei em 2013 e continuo até hoje.”

Depois de falarmos mais do mundo acadêmico, Diana me perguntou por que criei esse blog:

KK — “O blog surgiu da minha vontade de juntar o desenho com o texto. (…) Foi um espaço que comecei com zero expectativas, simplesmente para me obrigar a escrever um texto e produzir um desenho toda semana, tentando me inserir também no mundo do desenho onde naquela época era obrigatório você ter um blog.

O primeiro post de sucesso aconteceu em dezembro de 2013. Fui dar uma palestra e me colocaram no último horário do último dia do evento, a plateia praticamente vazia. Eu tinha tido um grande trabalho pensando no roteiro e desenhando à mão todos os slides. Como quase ninguém assistiu ao vivo, resolvi colocar no blog o post Dez Lições da Vida Acadêmica. Foi o primeiro que viralizou, e hoje tem mais de 20 mil views. A partir disso, percebi como havia uma brecha no mundo acadêmico para falar com mais leveza e humor sobre a vida acadêmica.”

Contei para a Diana que a coragem de ser mais irreverente veio também do meu contato com o Howard Becker. Uma coisa que acabei não contando na entrevista foi que o Howie (como ele gosta de ser chamado) uma vez me provocou, questionando por que no Brasil os intelectuais passam a vida toda trabalhando com um tema só. Comecei a respondê-lo de um jeito meio formal, dizendo que era dificuldade de verba de pesquisa etc., e que isso me aborrecia também. Ele se virou para mim e perguntou: “– Por que você não faz de outro jeito?”

Essa conversa ocorreu durante a entrevista que fiz com ele em 2008, por ocasião de seus 80 anos. Naquele dia, ele plantou uma ideia na minha cabeça — algo que foi frutificando nas mudanças que se seguiram em direção ao desenho e à pintura. Como lembro na entrevista à Kula, o próprio Howie é extremamente inovador em sua prática, estudando temas tabu, circulando artigos por e-mail e no seu blog.

Diana perguntou ainda sobre como surgiu o assunto da saúde mental aqui no blog:

KK — Tudo começou por causa de um post escrito a partir do encontro com um ex-aluno da graduação que estava fazendo seu Doutorado. Encontrei com ele no IFCS e ele estava visivelmente mal. Resolvi publicar no blog uma Carta a um jovem doutorando. Nesse post, que também viralizou, eu falo de todos os problemas de saúde e emocionais que eu mesma passei no Doutorado.

(…) Está complicado para os alunos fazerem um curso de Ciências Sociais no Brasil hoje. É desafiador você segurar a saúde mental num contexto em que a pesquisa em Sociologia é considerada uma ‘ferramenta do mal’ pelos setores que ocupam os espaços de poder na sociedade.

Para terminar, respondi à Diana qual conselho eu daria para quem está lutando para permanecer na antropologia e na universidade:

KK — “Um bom conselho é você buscar aquilo que te afeta, aquilo que te mobiliza afetivamente, para que a vida acadêmica tenha o seu lado de prazer, de construção, de emoção, porque sem isso você não segura o lado do sofrimento. (…) Além de muita determinação, paciência, foco e calma, é importante se cercar de pessoas que compartilham essa paixão com você, porque precisamos de grupo, de redes de apoio. (…) Primeiro você precisa viver, estar bem, se alimentar, dormir, estar inteira e não esquecer disso.”

Encerramos conversando sobre a importância de poder desacelerar para se aprofundar na pesquisa. Contei que valorizo muito a autonomia de pensamento, e que alunos têm sim direito de se tornar autores. Às vezes é bem difícil aceitar isso, mas repito: “não importa se já escreveram antes”. Os encontros autorais, bibliográficos e pessoais são únicos e merecem ser analisados e descritos. Não devemos nos censurar por querer produzir: “você pode prestar contas para a academia sem se anular, sem apagar a sua singularidade”.

Para ler a entrevista completa: A antropologia como uma forma de olhar o mundo: uma conversa com Karina Kuschnir. Entrevista concedida a Diana B. Mello. Kula. Antropología y Ciencias Sociales, nº 20/21: Especial aniversario. Diciembre, 2019, p. 22-29.

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A revista Kula é feita por alunos de pós-graduação de diversas instituições universitárias na Argentina, mas aceita artigos em português. A chamada para o próximo número está aberta!

E-mail para contato: revistakula@gmail.com

A Diana Mello está no Rio fazendo trabalho de campo até final de fevereiro. E-mail para contatos: didibmello@gmail.com

6 Coisas impossivelmente-legais-bonitas-interessantes-e-dignas-de-nota da semana:

♥ Holly Exlley, uma das minhas aquarelistas preferidas do You Tube, lançou um vídeo novo com time-lapse de pintura.

♥ Terminamos a 6ª temporada de Brooklyn 99 e começamos a 3ª de Mrs. Maisel. Que produção, que diálogos! É um show.

♥ A Public Domain Review fez uma foto-montagem divertida e listou vários autores, artistas e músicos que entram em domínio público em 2020 (em inglês).

♥ A Valéria Campos do blog 1 Pedra no Caminho publicou (em co-autoria com Fernanda G. Matuda) um artigo bacana intitulado Uso de podcasts como potencializador do desenvolvimento de gêneros orais em aulas de língua portuguesa no ensino médio. Ela fez um resumo com destaques do texto aqui. Achei uma reflexão super bem-vinda também para aulas de graduação.

PS: A professora Julia O’Donnell (IFCS/UFRJ) fez um projeto com podcasts numa turma de Antropologia Urbana em 2019-2. Quem sabe ela escreve um relato para o blog? O que vocês acham?

♥ Por falar em podcasts, Daniela Manica (Labjor/Unicamp) e Soraya Fleischer (UnB) coordenam o novíssimo Mundaréu, podcast de divulgação científica sobre Antropologia. Super inovador, entrevistando antropólogas e seus interlocutores nessa primeira temporada. Uma alegria de ouvir!

♥ Em 2020 retomei minhas práticas de GTD (sigla de Getting Things Done). Já ouviram falar? A Thais Godinho explica super bem no blog Vida Organizada ou no You Tube (versão curta / versão longa). Eu não sigo tudo certinho, mas gosto da filosofia de buscar tranquilidade e foco para fazer aquilo a que você se propõe. Nada a ver com produtivismo. Como diz a Thais no primeiro vídeo:

“Às vezes, a coisa mais importante que você tem para fazer é não fazer nada; é descansar.” (Thais Godinho)

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Hoje não tem “sobre o desenho”, porque a ilustração foi a capa da revista Kula. Adorei as linhas sobrepostas da logomarca que, assim como a capa, foram criadas pela designer Valeria Mattiangeli.

Tenho desenhado o projeto “50 Pessoas” e compartilhado no Stories do Instagram. Já já trago as imagens juntas pra cá. Boa semana, pessoal. ☼

Você acabou de ler “A antropologia como uma forma de olhar o mundo – minha entrevista a Diana Mello para a revista Kula“, escrito e ilustrado por Karina Kuschnir e publicado em karinakuschnir.wordpress.com. Se quiser receber automaticamente novos posts, vá para a página inicial do blog e insira seu e-mail na caixa lateral à direita. Se estiver no celular, a caixa de inscrição está no rodapé. Obrigada! ☺

Como citar: Kuschnir, Karina. 2020. “A antropologia como uma forma de olhar o mundo – minha entrevista a Diana Mello para a revista Kula”, Publicado em karinakuschnir.wordpress.com, url: https://wp.me/p42zgF-3P6. Acesso em [dd/mm/aaaa].


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Minhas memórias do NuAP – Núcleo de Antropologia da Política

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Pessoas queridas, essa semana participei de um evento em comemoração aos 20 anos do NuAP – Núcleo de Antropologia da Política. Compartilho com vocês as memórias que escrevi para apresentar lá que são, sobretudo, uma homenagem ao professor Moacir Palmeira.

Espero que gostem! Com o desejo de um final de semana tranquilo para todos nós.

Minhas memórias do NuAP  – Karina Kuschnir

“Começo agradecendo ao convite dos professores Moacir Palmeira e Marcos Otávio Bezerra para participar desse evento, assim como a John Comerford e a todos do NuAP, de ontem e hoje.

Queria dizer logo o mais importante: participar do NuAP foi um sonho para mim, uma alegria enorme, um privilégio. E não digo isso porque estou fazendo um balanço 20 anos depois. Não. Desde o momento em que fui convidada a participar, pensei no quanto eu estava tendo uma oportunidade especial e rara, tipo, eu era feliz e sabia!

Explico melhor. Foi uma chance inacreditável nos meios acadêmicos. E por quê? Porque eu era uma aluna de pós-graduação e não estava vinculada como orientanda a nenhum dos professores do NuAP. Minha participação se deu em nome da produção de conhecimento, pela afinidade temática das pesquisas.

Em 1992, quando o professor Moacir Palmeira publicou “Voto: racionalidade ou significado?”, o que acredito ser o primeiro dos seus artigos no campo da antropologia da política, num dossiê da Revista Brasileira de Ciências Sociais, eu estava fazendo trabalho de campo entre os parlamentares na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Tanto esse artigo de 1992, quando o texto “Política, facção e compromisso”, também de Moacir, de 1991, apresentado no “Encontro de Ciências Sociais do Nordeste” estão na bibliografia da minha dissertação, defendida em 1993, no PPGAS/Museu Nacional/UFRJ.

Fiquei fascinada e influenciada por esses trabalhos pois, até então, a única tese de antropologia sobre políticos que eu conhecia era a da Cecília Costa, feita basicamente por meio de entrevistas em 1980.

Não por acaso, quando decidi pelo tema da política, num mestrado de antropologia, fui fazer cursos optativos em outras pós-graduações: na Ciência Política, do Iuperj, com o prof. José Murilo de Carvalho, e no programa de pós em História da PUC-Rio, com a professora Margarida Neves. Essas duas interlocuções – com a bibliografia e os amigos cientistas políticos e historiadores – foram bem importantes para mim.

No mestrado e no doutorado, fui orientanda do professor Gilberto Velho, de quem também fui assistente de pesquisa por vários anos. O Gilberto sempre teve um trabalho muito intenso de reunir seus alunos, estimulando nossas trocas e colaborações, mas não havia no grupo ninguém trabalhando com política além de mim.

Portanto, desde 1993, comecei a participar e trocar com colegas que viriam a formar o NuAP alguns anos depois (1997). Essas eram as interações mais importantes e significativas para mim, ansiosa por me sentir “antropóloga de verdade”.

Isso foi tão forte, que a memória prega peças. Eu achava que minha primeira comunicação num congresso acadêmico tinha sido na Reunião da ABA de Niterói, em março de 1994, porque nessa ocasião eu e várias pessoas do grupo que formou o NuAP estávamos num GT assistido e comentado pela Mariza Peirano. Fiquei tão nervosa e, ao mesmo tempo, feliz, que esse evento ficou um marco. Revendo um currículo antigo, porém, de antes do Lattes, percebi que não, essa não foi a minha primeira comunicação científica. Eu já tinha apresentado trabalhos na Anpuh e no Iuperj!

Nesse mesmo ano, de 1994, entre agosto e setembro, ocorreu o primeiro evento de antropologia e eleições, que muitos aqui certamente participaram. Mais uma vez, tive o privilégio de falar, ainda iniciante, num ambiente de pesquisadores que eu admirava, com interesses tão próximos aos meus. Nessa mesma época, também tive a sorte de entrar para o doutorado no PPGAS, em agosto, na mesma turma que Marcos Otávio Bezerra, cujo trabalho tanto admiro.

Logo no semestre seguinte, em 1995, vivi um dos grandes momentos da minha vida acadêmica: fiz o meu primeiro curso com o professor Moacir Palmeira, intitulado: “Poder, dominação e política nos estudos de comunidade”. Posso dizer sem sombra de dúvida que foi uma experiência fantástica, que só aumentou a admiração pelo autor, professor, pesquisador. Realmente não tenho palavras suficientes para elogiar suas aulas e o tanto que aprendi nesse semestre, com ele e com os colegas, como o Marcos, Gabriela (Scotto), Renata (Menezes), entre outros. E pela primeira vez tive um professor que anotava o que eu falava!

Ali também se configurava para mim uma lição do melhor da antropologia: a leitura de autores de diferentes correntes teóricas (tanto da sociologia quanto da antropologia) e nacionalidades, pesquisando em várias partes do mundo, selecionados pelo professor em prol do livre debate de ideias, sem visões salvacionistas, sem ceder aos modismos.

Em 1996, vieram os primeiros eventos do futuro NuAP – que se forma oficialmente em 1997 – e a oportunidade de irmos a Fortaleza e trocarmos de modo mais próximo e intensivo.

Intensidade acho que é a palavra ótima para definir esses primeiros anos do NuAP. Nós trabalhávamos tanto que fui a Fortaleza e voltei duas vezes sem sequer pisar na areia da praia! E, pensando bem, assim eram as aulas do Moacir também: começavam um pouquinho atrasadas mas não tinham hora para terminar.

Eu vivia entre dois mundos, como vocês já podem estar imaginando. Precisava acordar às 6 da manhã, para estar às 7:30 no Museu no horário do Gilberto. Mas fazendo pausas para muitos pães de queijo, que o Gilberto não ficava sem comer de jeito nenhum.

Na parte da tarde, nas aulas do Moacir, ai de quem pensasse em comer ou parar de discutir teoria antes das 7 da noite! Haja amor pela antropologia!

Nos eventos de pesquisa, havia um contraste parecido. Gilberto era sincrético, eclético, social, extremamente produtivo e obsessivo, mas sempre querendo chegar na parte dos salgadinhos e do vinho!

Moacir me parecia o oposto: metódico, focado, intenso, seríssimo. Ao ponto que um dos eventos do NuAP foi marcado num convento em Santa Teresa – nada de distrações, nem álcool!

Pelo menos essa era a visão de uma jovem pesquisadora, não-orientanda dele, que o via como um dos grandes sábios, junto, é claro, com Mariza Peirano, Beatriz Heredia, a Irlys e o Cesar Barreira, o Odaci Coradini e todos os demais colegas com quem tive o privilégio de conviver, principalmente nos primeiros dez anos do Núcleo.

A Mariza, de quem depois daquela ABA conheci a delicadeza, foi autora muitos artigos e livros (como A favor da etnografia e Teoria vivida) que me marcaram, e organizadora de “O dito e o feito”, assim como orientadora de vários trabalhos importantíssimos do acervo do NuAP.

Em 2006, quando entrei para o IFCS, tive a sorte de passar a conviver e oferecer cursos em colaboração com a professora Beatriz Heredia, autora e co-autora com Moacir dos trabalhos seminais da área de Antropologia da Política que vieram a ser reunidos no volume Política Ambígua, certamente um marco na história da antropologia brasileira.

Aliás, tenho falado de aulas, eventos e convívio, mas talvez não tenha enfatizado o principal. Para mim, tudo começou com a leitura de dois artigos do Moacir… e foi se tornando uma grande bibliografia de textos, dissertações, teses, capítulos e livros que geraram um conhecimento enorme sobre a sociedade brasileira, em toda a sua complexidade.

Do candidato que abre a panela de feijão, passando pelo eleitor que faz suas apostas e se diverte no tempo da política, ao debate com a literatura nacional e internacional, sempre privilegiando o etnográfico e o comparativo como eixos centrais. Tudo isso está analisado, discutido e registrado nas páginas do selo NuAP, formando um capítulo importante da teoria antropológica brasileira.

É, sem dúvida, um grande legado, e agora acessível online. Nossas conversas continuaram acontecendo no papel, nas citações mútuas, nos enormes aprendizados que tivemos uns com os outros e que passamos para os nossos alunos e orientandos. Nesse último semestre, uma turma de alunos de graduação do IFCS ficou encantada ao descobrir e escrever trabalhos baseados nas publicações do NuAP. É tão bom ver tudo isso vivo e circulando entre as novas gerações.

Só tenho a agradecer por ter feito parte dessa história. Muito obrigada.”

Comunicação apresentada na mesa: Antigas colaborações, novos debates. Vinte anos do NuAP – Núcleo de Antropologia da Política. Rio de Janeiro, Museu Nacional, Auditório do Horto Botânico, em 7/07/2017.

Sobre os desenhos: Páginas do caderninho que levei para anotar durante o evento. Utilizei uma canetinha Bic comum, colorindo com algumas canetas pincel Tombow das cores azul escuro e cinza, além de uma Koi Sakura brush azul clara. O caderno é um Cícero pautado, A5, folha bem comum, 75gr., daí as canetas vazarem de uma página para a outra.

Você acabou de ler “Minhas memórias do NuAP“, escrito e ilustrado por Karina Kuschnir e publicado em karinakuschnir.wordpress.com. Se quiser receber automaticamente novos posts, vá para a página inicial do blog e insira seu e-mail na caixa lateral à direita. Se estiver no celular, a caixa de inscrição está no rodapé. Obrigada! 🙂

Como citar: Kuschnir, Karina. 2017. “Minhas memórias do NuAP”, Publicado em karinakuschnir.wordpress.com, url: http://wp.me/s42zgF-nuap. Acesso em [dd/mm/aaaa].