Sou meio pé-frio para eventos acadêmicos. Outro dia aceitei participar de um que estava o maior sucesso. Plateia cheia, palestrantes chiques de várias partes do mundo, todo mundo se sentindo. Mas chegou a minha vez de falar: penúltima sessão, bem no dia-em-que-ninguém-aguentava-mais; as pessoas importantes pediram desculpas pois-tinham-outros-compromissos, as coordenadoras cataram estagiários para sentar nas cadeiras vazias…
Mas sou uma professora com brios e sigo em frente! A palestra deveria ser sobre como realizar uma boa pesquisa em Ciências Sociais. Transformei numa uma espécie de guia de auto-ajuda para jovens pesquisadores. Estas são mais ou menos as palavras que falei (e os desenhos que mostrei):
“É muito bom estar numa sala com pessoas iguais a mim: todos ganhando pouco, trabalhando muito e sem a menor certeza de ‘pra que serve’ essa profissão…
Vou falar um pouco da época em que estava fazendo mestrado e doutorado, já que essa é uma oficina de alunos de pós-graduação. Mas já vou avisando que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre como fazer uma boa pesquisa… Quando entrei no mestrado, meu único objetivo era ganhar uma bolsa! Quer dizer, no fundo, eu queria deixar de ser estagiária de jornalismo… Na minha época, o estagiário de jornalismo passava o dia todo ouvindo o rádio da polícia (o que era proibido) e ligando para os bombeiros para saber se havia alguma tragédia na cidade. Não era a tarefa mais criativa do mundo.
Apesar disso, na minha curta carreira, aprendi a diferença básica entre jornalismo e antropologia: numa redação, escrevemos praticamente o mesmo texto curto todos os dias, com nomes de pessoas diferentes. Nas ciências sociais, tomamos um mesmo grupo de pessoas como tema e escrevemos todos os dias um texto sobre elas que não acaba nunca!
Quando fui estudar para o mestrado, meu maior desafio foi não dormir lendo Marx. Li aquele capítulo do Capital sobre o fetichismo da mercadoria e pensei: ferrou! Não entendi nada. Por sorte, a Maria Claudia Coelho era minha professora na PUC e se dispôs a traduzir aquilo pra mim. E não é que o texto caiu na prova? Uma professora durona estava na banca e me perguntou: porque você escolheu Marx para responder essa questão? Respondi a verdade: não tinha entendido nada quando li pela primeira vez, e depois achei genial — era uma questão de honra enfrentá-lo na prova! (Só não falei que o mérito era todo da Maria Claudia, pois não ia pegar bem…)
Primeira lição aprendida: quase sempre vale a pena entender um texto clássico. É por isso que se tornou um clássico. (Mas nem sempre.)
Aprendi muito com as minhas gafes no primeiro semestre no Museu Nacional. Imaginem vocês que coloquei no meu currículo que sabia tocar violão! (Não, não tinha Lattes naquela época.) E num encontro de encerramento do primeiro período, ouvi um pessoal falando sobre uma tal de “ABA” e não tive dúvida: ‘professor, o que é ABA**?’ Meus colegas de turma vinham da UFF, do IFCS e da graduação em antropologia na Argentina! Todo mundo discutia a hermenêutica maussiana e a cismogênese… (**Associação Brasileira de Antropologia)
Enquanto isso, à tarde e à noite, eu ia para a redação da antiga rádio Jornal do Brasil trabalhar em matérias sobre a Guerra do Golfo, a construção da Linha Vermelha e os efeitos da Queda do Muro de Berlim. A agilidade desse tipo de trabalho me dava alguns trunfos, não posso negar.
Um dia, tive que apresentar um seminário sobre o Homo Hierarquicus do Louis Dumont para a aula do professor Gilberto Velho. Ele era exigentíssimo mas, ao invés dos 20 minutos que me cabiam, gastei uns 27 ou 30… Terminei o mais rápido que pude, já me explicando: ‘desculpe, professor, demorei um pouco mais do que deveria porque esqueci todas as minhas anotações em casa’. A turma fez um grande ohhhh e de repente virei uma heroína!
Segunda lição aprendida: faça o seu trabalho, entregue o que você se comprometeu a entregar no prazo, mesmo que o resultado não seja perfeito. (Sempre se pode mandar anexos e notas depois!)
Isso vale também para a escolha dos temas de pesquisa. No jornalismo diário, somos obrigados a enfrentar qualquer pauta, sem tempo para questionamentos filosóficos. Já nas Ciências Sociais… deixa pra lá.
Na época em que tive que escolher um orientador, expliquei para o Gilberto Velho que não poderia ser orientanda dele de jeito nenhum. Falei que não sabia nada de antropologia, nem o básico do básico. Mas ele me respondeu, o que se tornou a Terceira lição aprendida: “você sabe escrever, e isso é 50% do trabalho do antropólogo”
Minha sorte foi que logo no curso seguinte que fiz com ele, aprendi o segredo dos outros 50%: Para fazer antropologia bastava ficar o dia todo parada numa esquina, me enturmar com jovens desocupados e escrever um diário sobre isso! Quarta lição, com ajuda de William Foote-Whyte.
Nessa altura, eu sofria muito para fazer os trabalhos de mestrado. Muito! Eu não via sentido naquilo. Tudo me parecia tão inútil… Meu primeiro trabalho foi: “O conceito de nação na obra João Ubaldo Ribeiro em diálogo com Gilberto Freyre e outros autores”. No primeiro rascunho, fiz assim: revi toda a teoria que tinha lido nos primeiros quatro meses do curso e escrevi uma lista de 54 tópicos para abordar no trabalho. 54! A sorte foi que nessa altura eu já tinha tomado outra providência importantíssima para a carreira acadêmica: arranjei amigos mais experientes do que eu! No final, dos 54 tópicos sobraram 3!
Quinta lição aprendida: na hora de fazer um trabalho, comece pensando pequeno. Quase sempre é melhor dizer muito sobre poucos temas do que o contrário. Felizmente, naquela época, a pressão para escolher um tema para a dissertação era menor do que hoje. Só me decidi a trabalhar com políticos no final do primeiro ano do mestrado. Me pautei pelo que achava que seria uma ‘pesquisa útil’. Acho que estava totalmente errada.
Hoje penso que todas as pesquisas são úteis, (ou quase todas), pois independentemente do tema, no fundo, a grande utilidade de uma pesquisa inicial é formar um pesquisador. (Sexta lição!)
Gilberto Velho acabou por decidir ser meu orientador, sim. Ele nunca deu muita bola para fórmulas metodológicas. Era como aqueles figurões de Oxford para quem o Evans-Pritchard foi perguntar o que devia fazer quando chegasse nos Azande: “seja um cavalheiro” e “não haja como um perfeito idiota”, foram os melhores conselhos. Ele próprio sempre misturou muitas técnicas nos seus trabalhos, e nosso grupo de orientandos era um exemplo dessa diversidade.
Lição número sete: Tínhamos liberdade para experimentar e nos reuníamos semanalmente num espaço de troca, respeitoso e amigável. E esse é um segredo que não sei se consigo bem explicar: simplesmente não havia nos grupos de orientandos do Gilberto a famosa “feroz competição acadêmica”. Ao contrário, talvez a enorme exigência dele favorecesse em nós o espírito solidário! Nossas experiências envolviam observação participante, sim, mas também entrevistas longas ou curtas, fontes impressas, fontes históricas, imagens, filmes, diagramas, mapas, indicadores sociais, estatísticas eleitorais, fontes comparativas, teoria literária, sociológica, formalismo russo, folclore, urbanismo… O computador pessoal era uma novidade… mas cheguei a utilizar softwares de análise de conteúdo e por pouco não aprendi um sobre estudo de redes…
Que bom que não consegui. No doutorado, escrevi eu mesma uma pequena programação de software para lidar com meus dados de campo e de entrevistas. Mas tanto tempo no computador acabou me gerando uma tendinite tão grave que 90% da redação das 450 páginas da tese foi feita à mão.
Lição número 8: computador demais sempre atrapalha. Seja no sentido mais direto, do sofrimento que gera no corpo do pesquisador; seja no sentido mais indireto, que é o excesso de dados que acaba por promover. Só para dar um exemplo, em 1991, ainda quando a internet se chamava bitnet e estava engatinhando nas universidades americanas, descobri um tesouro! Uma base de dados chamada Sociofile. Era uma espécie de Google para procurar resumo de artigos acadêmicos. Perdi semanas naquilo, separei uma lista fantástica de centenas de artigos, classifiquei por temas e… me perguntem quantos textos eu realmente li daquela lista? Uns dois ou três. Não deu tempo.
Lição número 9: referências bibliográficas demais atrapalham. No meio dessas experimentações todas, acho que tive sorte de passar por temas, lugares e pessoas muito diversos. Fiz pesquisas com elites, em casas legislativas, em favelas, em subúrbios e na Zona Sul, em locais de alta criminalidade, ou com movimentos sociais, em locais com alta escolaridade e renda.
Os políticos na minha opinião são o segundo pior grupo para se estudar. Eu achava que eram os piores: tem até um ditado russo: ‘você sabe quando um político está mentindo? Quando ele abre a boca.’ Eles nunca estão disponíveis, nunca querem te receber; quando te recebem estão ao telefone, quando marcam, esquecem, e quando lembram, não dá mais tempo. Eu morria de inveja de uma amiga que estudava velhinhos… Eu pensava ‘que maravilha seria ter aqueles informantes’, tão dedicados e solícitos, dispostos, simpáticos e com tempo! Até que minha amiga, sabendo dessas fantasias, foi logo me desiludindo: ‘tá maluca? Velhinho é o pior tema do mundo: primeiro, porque eles não param nunca de falar. Segundo, porque eles morrem no meio da sua pesquisa!’
Ok, agora falando sério. A coisa mais importante que aprendi com todos esses temas e experiências foi:
Lição número 10: uma boa pesquisa exige paciência, curiosidade e foco. Quer dizer, paciência é só uma palavra bonitinha para não dizer: ‘enfrente o tédio’! Então, reformulando: uma boa pesquisa exige o tédio, aquele tempo em que você acha que não está fazendo nada, em que você se permite “se deixar ficar” junto ao universo de pessoas (ou textos) que escolheu para pesquisar. (Eu não disse que era só ficar parada numa esquina?)
Eu tenho um amigo que seguia essa regra, mas à sua maneira: passou mais da metade do seu mestrado sentado na mesa de um bar perto da universidade! Era um tédio bem divertido, digamos. E depois ele acabou fazendo uma dissertação incrível sobre como a pesquisa não deu certo! Hoje ele é um excelente professor doutor numa universidade ótima.
Talvez uma pesquisa seja um longo e paciente processo de aprender a olhar/enxergar, ouvir/escutar, interagir/dialogar com o campo (ou mundo) suscitado pelo tema que você escolheu. É estranho que eu tenha partido do que aprendi com Gilberto Velho para chegar a essa conclusão. Ele era a pessoa mais impaciente e ansiosa que já conheci na vida! Ai de quem não estivesse na aula dez minutos antes de começar. E todas as lendas de que ele chegava ao Museu Nacional às 7:15h da manhã, atendendo telefonemas com voz de “múmia” são verdadeiras. Era uma tortura para ele esperar até as 7:59 – já tarde nos seus parâmetros – para ligar e fiscalizar se já estávamos de pé e operantes!
Mas posso dizer que ele tinha um outro tipo de paciência, que se materializava através de duas práticas constantes: a curiosidade infinita pelo mundo, o que o levava a respeitar todas as fontes de conhecimento; e a capacidade de focar nesse processo de conhecimento como se não houvesse nada mais importante no mundo a fazer. Era uma curiosidade que o levava a ser capaz de ir ao baile funk, ao terreiro de umbanda, ler 300 páginas de um copião de tese num dia só, orientar pesquisas sobre astrologia, atores de cinema pornográfico e representações teatrais sobre a cidade no século XIX.
No meu caso, aprendi a praticar essas três coisas (paciência, curiosidade e foco) muito mais depois que me tornei mãe e me envolvi num trabalho voluntário para apoio a mulheres que desejam amamentar. Durante pelo menos dez anos coordenei grupos onde a principal tarefa era ouvir e dizer ‘hã hã’, ‘sim, entendo…’, ‘como foi isso, me conte…’, e devolver perguntas complicadas com outras simples ‘como você responderia essa pergunta…?’
Tive a sorte de estar num grupo que definia tudo isso como ‘dar apoio’ e ‘suporte’ . E qual não foi a minha alegria quando um dia descobri que era exatamente essa a técnica de entrevistas que o Howard Becker defendeu em seu livro sobre metodologia… Diga o mínimo e ouça o máximo…
Depois desse tempo de pesquisa, escuta e convívio, há que se percorrer ainda um longo caminho. Só que essa é a parte divertida! Fica para a próxima palestra. Obrigada. E agora vamos às perguntas de vocês!” (E foi difícil arrancar umas perguntas, porque os poucos que sobraram estavam com fome, claro.)
…
Sobre os desenhos: Todos foram feitos na App Paper (53) no Ipad com canetinha Bamboo.
Agradecimentos: Agradeço à Julia O’Donnell e à Mariana Cavalcanti pelo convite para a palestra; e à Bianca Freire-Medeiros pelos êêêê entusiasmados. Aproveito para desejar que elas tenham mais sucesso na escolha dos convidados para a próxima vez!
…
Você acabou de ler “Dez lições da vida acadêmica“, escrito e ilustrado por Karina Kuschnir e publicado em karinakuschnir.wordpress.com. Se quiser receber automaticamente novos posts, vá para a página inicial do blog e insira seu e-mail na caixa lateral à direita. Se estiver no celular, a caixa de inscrição está no rodapé. Obrigada! 🙂
Como citar: Kuschnir, Karina. 2014. “Dez lições da vida acadêmica”, Publicado em karinakuschnir.wordpress.com, url “http://wp.me/p42zgF-68“. Acesso em [dd/mm/aaaa].
06/03/2020 às 16:25
Que maravilhosaaaaa! Obrigada obrigada obrigada por compartilhar ! É tudo o que a gente precisa ouvir de alguém de alguém que “sobreviveu” a esse percurso acadêmico. Amo sua sinceridade e bom humor, nos ajuda a encarar nossos próprios tédios rsrsr um abraço!
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31/07/2019 às 14:57
Karina, conheci seu blog HOJE, a partir da indicação do meu orientador aqui no PPGAS/UFSC, o Rafa Devos. A gente tá trabalhando junto com paisagens urbanas, atualmente uma certa paisagem daqui de Florianópolis. O Rafa sabe da minha inclinação em lançar mão de diversas formas de expressão na pesquisa e, a princípio, tinha me apresentado o artigo/ensaio gráfico da Aina Azevedo e da Sara Sobrenome Gringo Difícil de Escrever sobre a falcoaria. Fiquei feliz e tô me inspirando bastante nesse ensaio e no livro Guia Fantástico de São Paulo da Angela Léon pra escrever um ensaio de final de uma disciplina do semestre que passou e, a partir de então, pensar meu projeto de pesquisa de dissertação, voltado a etnografia dessa paisagem a qual me referi antes tendo o desenho como uma das ferramentas – me atrai também a etnoficção, a fotomontagem e documentário. Na segunda-feira escrevi pra ele, contando sobre essas inspirações, e ele, como sempre me incentivando e trazendo ideias super catalisadoras e potentes, citou seu nome e indicou seu trabalho, que hoje tive tempo de vir ver com calma: meus olhos estou brilhando até agora! Seu trabalho está sendo como um bálsamo acalentador para todas as minha noias com a pesquisa e a academia. Sou muito, muito, muito, muito, muito, muito grato MESMO por isso. Estou no trabalho agora, mas assim que chegar em casa, vou fazer um café, sentar na frente do computador, e vasculhar, vislumbrar e ler seus trabalhos pra me inspirar mais para minha pesquisa. E espero que um dia dessas, num desses eventos acadêmicos em que conhecemos tanta gente incrível, possamos conversar pessoalmente.
Forte abraço!,
Ivan Gomes.
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25/03/2018 às 11:54
Como sempre, muito bom ! Obrigada Karina, por essas doses cotidianas de inspiração (e também paciência, rsrs…) para realizarmos o nosso trabalho de pesquisa!
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25/03/2018 às 12:45
Obrigada! Seja sempre bem-vinda😊
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25/03/2018 às 20:17
❤
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08/09/2017 às 23:19
Descobri o blog há três dias e ñ consigo parar de ler. Socorro!
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06/03/2017 às 13:26
Olá Professora! Conheci seu blog pesquisando sobre Antropologia. Sou bacharel em Direito e estou engatinhando no meu projeto de mestrado em Antropologia Social. amei tudo o que li até agora e me tirou um pouco do medo de colocar meus pensamentos no papel. Obrigada pelos seus pensamentos…
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20/03/2017 às 18:51
Muito boa sorte, Ana!!! felicidades
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07/01/2017 às 08:51
Olá, Karina, sou mestranda em filosofia e conheci seu blog através de uma amiga muito querida. Leio regularmente o que você escreve (bem como partilho) e me sinto muito contemplada com suas imagens-palavras. Parabéns!!!!
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12/01/2017 às 15:53
Oi Aline, que lindo comentário, muito obrigada! Hoje tirei a tarde para responder um monte de comentários atrasados, como você deve estar percebendo… 😉 Fico super feliz de fazer parte do seu tempo no mestrado! Muito boa sorte no seu trabalho! Vc está em Portugal? Pergunto porque lá se usa muito a expressão partilhar ao invés de compartilhar, como no Brasil… E estava só pensando se você enfrenta no momento o inverno ou o verão. beijo!
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14/01/2017 às 10:59
Oi Karina, agradeço a resposta! Não estou em Portugal, resido atualmente em Goiânia, onde faço mestrado na UFG. Não sabia que as portuguesas e portugueses usam a expressão partilhar. Utilizo-a por costume familiar baiano.
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14/11/2016 às 16:37
Que legal ler isso!! Também sou jornalista e tentando entrar pra pesquisa. Dá medo! E tambem questiono a validade! Muito bom saber que não estou sozinha nesses sentimentos. pensamentos…
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20/02/2015 às 16:15
Acabei de conhece la atraves do facebook. Estou dando boas risadas aqui.
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22/06/2014 às 23:44
Oi Karina, adorei suas lições!! Muito oportunas e vou tomá-las para mim!!
Um grande abraço
Lenir Romero
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08/06/2014 às 22:22
Muito bom. Gostei muito. Vou passar para meus alunos.
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30/05/2014 às 13:03
Que bom ler algo tão sério sendo tratado com humor, leveza e honestidade. Honestidade, por que, como diria Álvaro de Campos, …”Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”…
Obrigada
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03/05/2014 às 16:15
Tô adorando seu blog! Parabéns!
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30/04/2014 às 01:56
Olá Karina, tudo bem? Estou desenvolvendo um site sobre a vida acadêmica – http://consultoriacademica.wordpress.com/ – e acabei encontrando o seu post. Gostei muito das suas palavras e principalmente dos seus desenhos!
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24/04/2014 às 20:42
Muito bom! Obrigado, senti como se fossem meus pensamentos escritos e enriquecidos com pensamentos de outra pessoa!
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24/04/2014 às 19:49
Infelizmente só pude assistir a uma aula sua no grupo de pesquisa mas espero poder suprimir um pouco com o blog. Palavras consoladoras e ricas para uma carreira tão árdua e solitária.! Parabéns pela franqueza de contar a dor e o amor de ser acadêmico. Que venham outros!
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24/04/2014 às 19:51
Desculpa, rs. Não aparece o revisor de textos, rs. Espero suprir com o blog! 🙂
.
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24/04/2014 às 17:51
Karina, sou antropóloga também e professora da UnB. Estava aqui às voltas com um fechamento de um artigo quando naquele momento em que você não consegue produzir mais nenhuma linha e se dá conta de que é hora de parar para descansar a mente. Eis que uma amiga me encaminha a sugestão de leitura de seu texto. Nossa! Que prazer ler cada linha, ver cada desenho e me identificar com cada aspecto que você tratou. Adorei! Fiquei tão animada que vou voltar para o meu texto agora com uns bons insights ! E obviamente repassar para os meus alunos de métodos esse valioso relato. Obrigada!
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16/04/2014 às 11:29
Karina, querida sou meio atrasada, mas adorei. este texto é genial!!!!!!
me delicio com os textos e os desenhos! Já repassei para a página do Visurb e para o grupo da disciplina de Antropologia Urbana que estou dando este semestre. Obrigada amiga!!!
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04/04/2014 às 16:37
Karina, não sou antropóloga mais lido muito com pesquisa e até já escrevi um livro “Conversas com pós graduandos” que tem nos meus ex-alunos bons divulgadores. Seu depoimento/relato é magnífico. descontraído e cheio de perspicácia. Meus parabéns. Recomendarei aos meus amigos no face. Zaia
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04/04/2014 às 16:56
Puxa, Zaia, muito obrigada! Você é uma pesquisadora que admiro muito! Vou procurar o seu livro — vi que é editado pela PUC-Rio, lugar que adoro e onde lecionei por muitos anos. Obrigada pela visita e pelos comentários tão gentis.
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21/03/2014 às 17:42
Karina, adorei seu texto. Leve, divertido… Me fez pesquisa sobre outra perspectiva. Me fastei da academia agora que sou mãe e vou deixar o doutorado para daqui há alguns anos. Mas sabe, meu temor se desfez. O bom pesquisador faz pesquisa observando as pessoas na parada de ônibus!! Obrigado por mostrar que fazer pesquisa é muito mais que livros, aborrecimentos e cobranças (as suas principalmente). Abraço.
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20/03/2014 às 08:50
Olá Karina,
obrigada por compartilhar sua experiência, de maneira tão leve e descontraída.
O desespero vai se deixando levar pelos conselhos…
=D
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20/03/2014 às 11:58
VAleu Jeanine Águia — que legal o seu nome! fico feliz da minha vó de certa forma continuar viva ao me ajudar a contar essas histórias…
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Pingback: Alergia aos imperativos | Karina Kuschnir
19/03/2014 às 06:20
Karina, adorei o seu texto e me lembrei demais da primeira participação que fiz em um congresso quando era uma mestranda iniciante… dei aula de manhã em BH, meu marido dirigiu mais de 200 quilômetros para me levar ao local do congresso, havia 5 alunos para me ouvir (era o último dia, todos os figurões passavam por mim se despedindo, voltando para casa)… e recentemente, mais de 10 anos depois, fui me apresentar em um seminário internacional – o conferencista anterior falou tanto e em um ritmo tão lento que eu via as pessoas saindo discretamente do auditório… Restaram uns 10 – joguei toda a minha apresentação fora e acho que fiz algo como animação de programa de auditório, com 3 ou 4 perguntas no final, porque sim, estavam todos loucos de fome às 13h30… Parabéns pelo blog, vou seguir a partir de agora! E vou adotar os seus calendários para o meu filho, lindos demais. Um abraço (www.tudobemserdiferente.com)
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03/04/2014 às 16:04
muito legais suas histórias, Sonia, adorei!! obrigada por compartilhar aqui!
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16/03/2014 às 13:37
Oi, Karina! Obrigada por compartilhar uma experiência tão rica com tanta sinceridade. Estou me aproximando da antropologia e me sentindo muito estrangeira ainda. Adorei a metáfora da esquina. Vou começar a procurar a minha! Beijo!
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03/04/2014 às 16:08
o bom da antropologia é que sempre foi acolhedora para pessoas de todas as áreas, Cecília. bem-vinda!
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16/03/2014 às 12:50
muito bacana e super oportuno o seu texto, Karina. Além de me ver em diversos momentos enquanto eu era aluno, é possível pensar na minha atuação agora como orientador e como professor que está trabalhando com metodologia. Obrigado.
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03/04/2014 às 16:07
legal, Carlos, que bom q vc gostou!
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16/03/2014 às 10:50
Oi Karina, gostei muito de seu texto e já recomendei a leitura a alguns alunos. Há duas lições nas entrelinhas que, a meu ver, valem muito tanto para a pesquisa empírica quanto para o exercício da vida acadêmica: sinceridade e simplicidade. Afinal, temos sempre muito o que aprender! Um abraço, Felipe.
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03/04/2014 às 16:06
adorei seu comentário — obrigada! você disse tudo em duas palavras! rs
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03/04/2014 às 23:44
Pois como antropólogo e jornalista tal como você, também gosto de exercitar a capacidade de síntese, rs!
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15/03/2014 às 18:58
Essa questão da paciência na pesquisa que você aponta é fundamental. O nosso olhar sobre o objeto de estudo, e mesmo o próprio objeto de estudo se movimentam no decorrer da pesquisa, porque as mudanças de olhar muitas vezes impõem novos recortes de análise. Acho que essa mobilidade constante da problemática que orienta a pesquisa é a característica mais excitante do processo de produção de conhecimento. Quando penso em mobilidade constante, não estou dizendo que a pesquisa não deva ter linhas de força principais (hipóteses, posicionamentos teóricos assumidos, etc.), mas que uma relação saudável com o objeto de estudo deve pressupor uma disposição para incorporar essa mobilidade.
Gaston Bachelard dizia que o espírito científico deveria sempre operar de uma ruptura a outra, num processo sucessivo e constante de elaboração, desmonte, e reconstrução de hipóteses. O envolvimento com a pesquisa faz a gente descobrir na prática essa ideia do Bachelard, e perceber que tal prática é a única condição de um trabalho intelectual responsável. Muitas pessoas hoje em dia fazem pesquisas das quais já sabem a resposta no início do processo, e a pesquisa acaba virando uma espécie de fornecedora das justificativas para os posicionamentos teóricos assumidos a priori. Esse tipo de atitude dogmática, que elimina a característica mais fascinante da pesquisa (que é em meu entendimento a mobilidade da problemática), está entre as principais causas da irrelevância de muitas pesquisas que são realizadas atualmente nas ciências humanas.
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03/04/2014 às 16:11
obrigada pelo comentário! também não acho graça nenhuma em saber onde vai dar a pesquisa antes de começá-la!
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15/03/2014 às 15:05
Gratíssimo!
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15/03/2014 às 13:39
Eita, texto gostoso de ler. Acabei lembrando de Tim Maia cantando “…e deixar falar a voz do coração”. Parabéns e obrigado por compartilhar uma jóia dessas conosco.
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03/04/2014 às 16:09
Adorei o “eita”, Mauro! me dá saudades de todos os sotaques do Brasil! de onde vc é?
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10/04/2014 às 13:12
Oi, Karina, sou de São Paulo, morando há 5 anos em João Pessoa, casado há 26 anos com uma paraibana (pessoense). Paulista com coração paraibano – em processo de assimilação, hehehe.
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14/03/2014 às 21:21
Prof.ª Karina Kuschnir, como eu adorei seu texto. Muito criativo e muito honesto, parabéns. Estou começando a engatinhar na pós em antropologia, e não consigo parar de aumentar o amor por essa profissão.
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14/03/2014 às 11:34
Olá Prof.ª Karina Kuschnir, obrigado por compartilhar suas experiências. Aprecio muito suas pesquisas e escritos. Abraços.
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14/03/2014 às 10:19
Adorei o texto, já serviu de lição para mim que estou iniciando no mundo das pesquisas.
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13/03/2014 às 14:19
QUERIDAAAAAA… Esses olhos sempre estiveram nas esquinas, não tenha dúvida. Obrigada pelo saboroso e significativo texto, tanto para respirar junto uma trajetória, como para usar com os atuais alunos, aqueles que sempre estão chegando e que, se não podem mais ter Gilberto Velho, podem ter Karina Kuschnir.
🙂
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13/03/2014 às 12:13
Eu também quero fazer o mesmo que a Clarice. Posso?
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13/03/2014 às 12:17
Claro!! obrigada pela visita!
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13/03/2014 às 09:58
Karina, adorei! Posso repassar aos alunos iniciantes… e aos que estão no meio do caminho?
bj,
Clarice
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13/03/2014 às 12:19
Sim! É uma honra ser lida por você!!! 🙂 Pode repassar à vontade — o blog é público. Quem sabe ajuda a sofrerem menos… Estou dando seus textos para a minha nesse semestre! bjs
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